sabes, o tempo conta-me histórias de dias sem fim... sobre coisas de ontem, e esperanças de um hoje que vai sobrevivendo à erosão dos momentos. dou corda às palavras que outrora alguém disse, mas preferiu esquecer... gestos que praticados foram e ali morreram sós. não foi em vão, mas passou depressa. não doeu, mas fez impressão. há coisas que nunca mudam e outras que estão sempre a mudar. e existe sempre algo que te leva até à pessoa que tu ama sem quereres... basta um acorde de uma viola perdida, um passo dado sem destino, um lugar que nunca muda de sítio... são sentimentos, vozes que te falam quando pensas estar no silêncio de mais um momento perdido.
não penses não. não penses que esqueci as noites de verão, de inverno, de outono e ainda as de primavera. as pastilhas elásticas de sabor a limão em tempos quentes que o calor aquecia. as tardes perdidas que ficaram escritas num sono que adormeceu. os anos que levamos a chegar onde hoje estamos... o passado nunca se esquece. foi ele que nos trouxe para o agora! e sem ele eu não seria eu e tu não serias tu.
se é amor? não. ainda não tem nome. obrigada por teres voltado... mas mais que isso por me provares que nada ficou perdido!