não estou farta, nem decidida a partir. o próximo caminho não é de certeza o de ida sem bilhete de volta. a vida é um foguetão que tem mais voltas do que rumos certos, mais incertezas de que certezas... são coisas que nem eu me sinto capaz de te explicar. no entanto, estou cansada. e sabes o que isso é? é querer, mas não ser capaz de dar. eu gostava, acredita. gostava que as tuas mãos fossem mais uma página neste calendário de sonhos perdidos, que o teu sorriso continuasse a ser a música que me embalava enquanto escrevia. mas muitas vezes, é preciso virar a página, ver o que muitas vezes ficou esquecido só porque o amor nos cegou. o amor é importante, mas não é essencial. são opções que as pessoas tomam sem se aperceberem. aliás, tu apaixonas-te e nem te dás por isso. parece um acaso, sem razão nem sentido. mas se o tivesse não tinha tanta magia.
mas por hoje, chega. eu virei a página porque precisei de me sentir só eu, uma outra vez. precisei de saber que continuava aqui, firme. que eu apenas me devo amar a mim mesma, porque tudo na minha vida depende maioritariamente de mim própria. por isso, de hoje em diante, vou escrever sobre a minha história. aquela que eu fui, que eu sou, que vou sendo e que vou vir a ser. vou falar ao futuro que está para vir. porque falei tanto de ti que até de mim me esqueci. e acho que não tens assim tanto valor ao ponto de passares por cima de mim, ou pelo menos, não és tão interessante quanto eu. não obstante disso, já virei a página. agora quando voltares para seres de novo o protagonista, aposto que o capítulo já vai estar virado!

até daqui a não se quando