20.1.12

não vou negar; foi-me custando ao longo dos dias. nunca saber como preencher o vazio de um alguém que outrora me tinha habituado à sua presença e que a maldita força do tempo o retirou daquilo que eram os meus dias. não vou dizer que ficou tudo mais simples. era só eu num mundo tão grande. não sabia por onde andava a mão que durante dois anos foi capaz de me dar a entender que outrém o mundo precisava de gente assim, complicada mas única. e eu podia implicar por momentos banais; podia sonhar alto demais; podia fazer passar-te vergonhas; podia mascar muitas pastilhas elásticas de sabor a limão; podia ser muito friorenta; (...) podia ser muita coisa, ou até não. porém eu entrelaçava os dedos e pedia desejos para nós. pedia que os calendários nos reservassem muitos sorrisos e que os anos fossem apenas letras que íamos escrevendo à medida que os sonhos passavam por nós. era em nós que eu pensava a cada vez que um avião cruzava o céu e desejava que tudo o que nos incluía nunca mais tivesse um fim. foram muitas promessas prometidas em vão, como se histórias encantadas pudessem realizar-se em nós e para nós. todavia o tempo nunca parou e nada resiste à erosão feroz que é aquela que o tempo nos obriga a sofrer. e a minha personalidade moldou-se à vida que levei. não tenho culpa e não guardo rancores do que os dias foram fazendo de mim. aliás, tenho orgulho... pelo rimel que as lágrimas me limparam, pelo baton que perdi por gritar por ti... mas agora mais por olhar para trás e me aperceber que tu foste deveras, a maior batalha que o fio dos dias me fez vencer. é bom de ser ver e bonito de se reconhecer.

(e minha gente... é sexta-feira! estamos de fim-de-semana. muita esperança! o inverno mata-me, mas até tenho sobrevivido bem. sejam felizes! good night*)

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ohh muito obrigada dsd já por me visitars, mas um especial agradecimento por deixares a tua opiniao :) beijinho