I

estamos longe. eu já não sei o que tu queres, nem se me queres. há muito tempo que não nos encontramos, nem perdemos tempo em conversas e desconversas de faz de conta... a não ser a forma como me olhas sempre que nos cruzamos. mas de resto, eu não sei o que andas a fazer, nem a pensar, nem a sonhar... a verdade é que por trás da indiferença que aparentamos sentir, tu és das melhores memórias que trago na vida, tenho que confessar. em poucas alturas sentimentos a sensação de ter vontade de parar no tempo e sabemos que se não houvesse amanhã, partiríamos felizes... é que o teu olhar sempre falou com a minha alma; e eu soube, nesse momento, com o coração a mil, que te amava. e é tão mais fácil amar em segredo; como se partilhar o meu sorriso contigo fosse das maiores dádivas que a vida me pudesse dar. mas, o amor engana porque torna tudo muito simples. e depois de se começar a amar é necessário cultivar o amor. é preciso trabalhar para que a chama não se apague. é preciso acreditar que vale a pena e escrever uma história nova... e, no fundo, ninguém escreveu nada! tu voltaste à tua verdadeira história, reconstruíste aquilo que eras... e eu hoje, vejo-te simplesmente a passar. e eu digo assim para mim "eu não sabia que ia ser assim"... porque só sinto a vida a bater-me no peito e tudo o resto são fragmentos de uma vida que nunca ninguém soube que eu já tive... mas foi tempo. tempo passado. mas pronto, ps.:*