25.10.12

olha eu

no meio de alguns diálogos furados que eu tenho por segundos com as pessoas que estão comigo regularmente dei conta que a perspectiva deles, em relação a muitos assuntos, é diferente da minha; hoje em dia quando algo quebra a gente deita fora... sem pensar, sem conseguir ter a noção que dá pra colar, dá pra coser, dá pra juntar de novo, é só preciso paciência, estima, e amor; é preciso gostar, entende? não há cá meios termos. quer e gosta, consegue endireitar a situação... custe o que custar, sue o que suar. sabem porque é que a gente tende a deitar fora quando algo visivelmente "já não serve"? porque temos muito; temos demais. se a gente tivesse um pão, com certeza não deitava para o chão as migalhas, mas a gente tem um banquete em cima da mesa, todos os dias; se a gente tivesse a certeza que mais ninguém nos iria amar no mundo, a gente cuidava de quem está do nosso lado. mas não, a gente manda embora, fecha a porta na cara e um minuto depois já tem praí mais cinco pessoas a quem contar o que se passou... é essa a realidade de hoje! as pessoas não dão valor, não querem saber, não se importam... brincam e não tem medo de ser brinquedo. eu sou antiga. dou demasiado valor ás coisas, que até quando elas estão completamente esfarrapadas, quando já entra água por tudo o que é ponto, quando já não dá para usar, para andar, tocar sequer, eu tendo a guardar. não interessa se já nem olho, mas estão lá, no meu mundo e eu, por mais orgulho que tenho em ser assim, tem dias que o medo se apodera de mim. eu sou uma espécie em vias de extinção e só espero coragem suficiente para deitar fora, quem me deitou a mim.

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ohh muito obrigada dsd já por me visitars, mas um especial agradecimento por deixares a tua opiniao :) beijinho