21.12.12

gente, o mundo não acabou, mas não há-de faltar muito... para além de ele ser sempre o mesmo, redondo, gigante, azul e castanho... ele está mais decadente do que há uns anos atrás, muito antes de eu nascer. e o tempo voa, desde sempre. nada fica, porque tudo se vai, mesmo que fique presente em nós; mesmo que o homem contabilize as horas e os minutos; mesmo que estejamos sempre a ver os segundos passar, eles passam, a vida vai-se... uns partem e outros chegam. é tudo feito de partidas e de chegadas. está quase a acabar o ano e eu ainda me lembro como ele começou... como foi saltar da cadeira e dizer olá a 2012. e no entanto, daqui a uma semana e quatro dias, já vou dar as boas vindas a 2013. inacreditável como nada fica. nada é eterno, nem o próprio tempo que faz de nós pessoas, seres humanos, homens, cidadãos... estamos quase no natal, faltam três dias para a noite de natal e quatro para o dia de natal. as ruas enchem-se de luzes intermitentes, as estradas de filas de trânsito caóticas, as lojas de gente numa corrida desenfreada para comprar presentes e as prateleiras estão cheias de objetos novos, brinquedos, roupas, fantasias... tudo 'mimos' para aqueles de quem gostamos e a quem queremos dizer apenas: «gosto muito de ti». fazemo-lo desta forma como se não houvesse outra. esperamos o ano inteiro por este momento. queremos, finalmente, sentar-nos à mesa com aqueles por quem nutrimos um enorme sentimento, naquela que é a noite mais mágica do ano. pomos debaixo da árvore de natal os milhares de presentes comprados fruto de uma enorme resistência a todos os atropelamentos sofridos durante as compras para o natal. estoirámos o saldo dos cartões de crédito só para que não falte nada para a dita noite mágica do ano... que estranho. é insólito. mas é assim que nos comportamos. talvez por tudo isto e muito mais que o natal nunca me disse grande coisa. acredito que a gente nunca devia perder a oportunidade, devia ter sempre uma palavra de compaixão, ser agradável e capaz de perdoar aqueles que nos magoam. isso deveria ser o espírito de natal. de que serve oferecer à minha mãe mais uma jarra, ou uma camisola, se não lhe dissesse todos os dias o quanto gosto dela e o quão é importante a sua presença na minha vida? o que fica são as palavras e os gestos, não os objetos. talvez um dia, o natal não seja apenas este colorido de luzes que se acendem de forma inesperada. talvez, um dia, exista apenas uma luz permanente que não deixe nada, nem ninguém às escuras e nos permita sentir, dizer e fazer o que é certo a cada momento... nos 365 dias que fazem o ano. se ainda não o fizeste, aproveita agora. diz àqueles que amas o quão importante é a sua presença para ti... e já agora, feliz natal.

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ohh muito obrigada dsd já por me visitars, mas um especial agradecimento por deixares a tua opiniao :) beijinho