10.2.13

a minha irmã foi mais uma em vinte mil que emigrou. é verdade. ainda hoje, apenas 16 dias depois da partida dela, me custa falar da ausência que ela criou cá em casa. sinceramente, acho que não há dor pior que a saudade que não se mata; não há aperto maior do que aquele de sentir falta de qualquer coisa que seja. a vida sempre nos prega partidas né, sempre nos leva aqueles que a gente queria ter por perto o resto dos nossos dias... mas também ela teve que se fazer à vida. não foi fácil e admiro muito a coragem que ela teve, não é qualquer pessoa que larga a vida que sempre teve pra entrar num avião com uma mala em busca de novos sonhos e novas formas de os alcançar; tenho pena de não a ter aqui comigo hoje, como sempre tive. pena que o destino seja cruel e ma tenha levado pra longe de mim. eu chamo a isto injustiça. acho que ninguém merece sentir uma perda destas, logo nós que éramos um trio unido a super cola 3. não tem sido nada fácil, mas eu sabia que ia ser assim. a ela, desejo-lhe o dobro daquilo que eu luto para que aconteça comigo; desejo-lhe toda a sorte do mundo, um sucesso interminável e milhares de sorrisos... quero aproveitar pra lhe dizer que sempre me lembro dela, a toda a hora cá em casa, e o lugar dela nunca será preenchido... pelo simples facto de não existir ninguém como ela! envio-lhe um beijo enorme e confesso que a personalidade dela é forte demais, e as ideias dela são convictas e reais, talvez por isso ela tenha sido capaz de ir. a nós que ficamos, cá estamos. a ti mãe, prometo dar-te todo o apoio do mundo, agora que restamos as duas e ficamos uma com a outra... vamos ficar de pilares pra segurar o que nos prende por cá e quem sabe, um dia mais tarde, não voltaremos também, àquele que foi o país onde eu nasci... a vida sempre dá voltas né, mas por enquanto... parabéns pela mulher que és, vocês são o meu orgulho, sem margem pra dúvidas.

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ohh muito obrigada dsd já por me visitars, mas um especial agradecimento por deixares a tua opiniao :) beijinho