29.6.14

queria ter outro motivo para escrever, mais feliz, talvez; queria ter outro ânimo, outra expressão, outra dor,... mas nada é mais devastador em mim que a tua partida. há dias quando senti que o tempo me estava a fugir, e que tu irias fugir com ele, confesso que nunca mais consegui parar de o contar; é que afinal de contas eu caminho numa estrada feita de encontros, desencontros e reencontros em que a meta é ter-te perto de mim. é cruel, ver-te partir. e nunca pensei que conseguisse viver apenas com metade daquilo que eu sou porque, na verdade, um terço de mim vai contigo em cada abraço de despedida, em cada lágrima que cai quando o avião que te leva chega... tenho tantas saudades de te ter comigo vinte e quatro horas por dia, sete dias por semana, quatro semanas por mês e doze meses por ano, tantas saudades de acordar e te sentir à distância de um abraço, tantas saudades de entrar em casa e saber que te encontro no piso de cima. às vezes mentalizo-me que nunca vou ser capaz de me habituar à tua ausência, ao vazio do quarto, à escuridão da cortina sempre fechada, ao silêncio de um diálogo que merecia uma palavra tua,... há saudades que os telefonemas não matam, há vazios que uma câmara com a tua imagem não preenchem, apenas porque existem pessoas insubstituíveis e eu sinto que mesmo que se passem mil anos eu vou sempre querer que fiques quando chega a hora de ires e custa-me tanto ver-te de mala quando sei que fico e sou obrigada a ver-te ir... às vezes não acredito que a porta desta casa se fechou para te deixar ir, gostava tanto que ela se abrisse para te receber de novo, a tempo inteiro e voltássemos a ser o que éramos e pudéssemos escrever a história que o tempo diluiu. adoro as recordações que tenho contigo e gosto tanto de ti, demais para te ter tão longe de mim, caramba.

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ohh muito obrigada dsd já por me visitars, mas um especial agradecimento por deixares a tua opiniao :) beijinho