27.9.09

concerto, joão pedro pais.

Lembras-te naquela noite que eu partia no dia seguinte para longe? Que choramos os dois ao telemovel a noite toda? Que imploraste para que eu não fosse? E que foi a última noite que, no fundo, te tive realmente... Em que me disseste para parar de chorar e ouvir-te a cantar: "Conta-me histórias... A que eu gostaria de voltar. Tenho saudades de ti! Que nunca mais vou encontrar... A vida talvez sejam dó 3 dias... Eu quero andar sempre devagar! Até a ti chegar! Ninguém é de ninguém... (Mas sou teu)" Lembras? Certamente já esqueceste. Mas eu não, infelizmente. E ontem foi dos piores momentos de sempre desde o momento em que me deixaste sem aparo, sem rumo... Porque ouvi essa música sem ti, porque te vi passar e porque fugiste entre a multidão excessiva. Naquela altura ansiei-te mais que aquele público todo... Quis-te tanto, tive tanta vontade de te abraçar e acredita que se te visse que teria coragem de te ir abraçar. Mas não perguntes porquê, porque eu não sei nem nunca saberei. Tive vontade... E daí? Eu sabia que era mesmo impossível.
Agora agradeço-te. Agradeço-te por fugires do lugar onde eu estou. Por me olhares e virares a cara depois de tudo! Por sorrires quando me vês mal e isolada. Muito obrigada sinceramente... Muito! O que vale é que saltei com os meus melhores amigos ali. Que olhei para trás e tinha lá uma força a observar-me. Tinha as minhas mãos a aplaudir, o meu sorriso a esboçar-se e os meus olhos cheios de água. Tinha os meus pés a saltar e voei. Gritei tão alto que fiquei sem voz. Estava entre a multidão e no entanto sentia-me completamente só, sózinha, nua. Eu só me pergunto e cada vez mais ao que é que aconteceu ao teu outro ser? Onde está a tua verdadeira personalidade e o que está no lugar do teu coração?
Silêncio (...)

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ohh muito obrigada dsd já por me visitars, mas um especial agradecimento por deixares a tua opiniao :) beijinho