13.9.09

des(ilusão).


tu olhas para uma rapariga, rapariga essa com a qual já (no teu passado) construíste sonhos, idealizaste aventuras, confessaste razões e partilhaste (quase) tudo. olhas e fixas o teu olhar, persegues todos os seus passos, estás atento a cada sorriso, a cada desvio a cada palavra que queres entender pelo mexer dos seus lábios... olhas atentamente que até te esqueces do lugar onde estás, até és capaz de nem continuar a conversa que tavas a ter, mas, sempre que a rapariga olha tu desvias o olhar, mostras a indifrença e continuas o teu rumo mantendo-te firme, bastante firme. eu gostei (e gosto) de praticamente tudo em ti. do teu sorriso extra brilhante quando falavamos e nos riamos de coisas sem importância. do teu olhar acastanhado que possuia aquele toque cristalino e cintilante sempre que me dizias (ou eu) um "amo-te". do teu tom de voz com o timbre mais perfeito que alguma vez ouvira, a cada vez que me sussurravas segredos e me contavas história envolventes. a forma de como te movias, a tua maneira de estar, as tuas falas e os nossos diálogos. eu admirei-te desde a primeira tarde que partilhei contigo. gostei da tua vergonha ao inicio, da tua forma de me explicares as coisas e entendi-te de forma diferente á que tu me entendeste. percebi que estavas ali e que me sentias quando eu te olhava. observei-te muito bem, muito bem mesmo desde a primeira palavra que disseste ao meu lado. estavamos ali, a primeira vez que te vira ao vivo, num monte escasso de gente e num monte onde havia uma música interessante de fundo. foi uma daquelas tardes que se recordam e talvez a noite tenha sido em branca a recordá-la. eu julguei que me ajudasses a ser feliz, a construir um sorriso glorioso. sempre pensei que fosses o próximo herói da banda desenhada da minha vida onde eu pudesse sempre depositar tudo. e a verdade é que conseguiste isso, mas valia nunca teres atingido essas coisas. a tua presença era mesmo importante e tornaras-te agora um porto de abrigo. afinal, eramos duas crianças normais, com coração e com vontade de amar... e agora digo-te aqui, porque sei que nunca irás ler este texto pois já apagaste tudo de mim que te trazia até aqui... mas digo-te que da forma como te amei nunca na vida ninguém te vai amar. sei que sou criança para afirmar isto, mas de qualquer forma acredita. acredita que depois de todo o mal que me fizeste eu conseguiria desculpar-te se voltasses, tudo em nome do meu amor. foste tudo o que eu sempre quis, amei-te como nunca tinha amado ninguém. foste a melhor coisa que me aconteceu naquela altura. a verdade é que quando nos conhecemos iludi-me. foi um começo sem acaso, foi um por acaso... e nunca consegui ver os teus defeitos, os teus vicios e os teus desejos. amei-te (e amo-te) de tal forma que me cegaste para que não visse a tua outra faceta que existira. e hoje estamos assim porque assim o quiseste. para te conhecer tiveste que me deixar. para aprender tive que chorar. para acreditar tive que levar com palavras amargas, mais amargas que limão.
foste a des(ilsusão)!

1 comentário:

ohh muito obrigada dsd já por me visitars, mas um especial agradecimento por deixares a tua opiniao :) beijinho