sei-te de cor.

agora peço ao vento calma, ao tempo preserverança e á nostalgia pressa... eu peço! peço ás lembranças uma borracha para que possam ser esquecidas e apagadas. ás recordações um pano preto para que sejam cobertas com o objecto mais negro que encontrar. e aqui é mais um dum lugares onde deixaste tanto de ti naqueles momentos e naquelas tardes que em conjunto contigo formamos instantes invenciveis por qualquer outro ser. é aqui mais um local onde existem pedaços de ti, rastos do teu aroma, pensamentos das tuas pegadas e pontos caracteristicos teus. é aqui, é agora e é hoje o ponto KO. é assim... eu dava tudo para que o tempo recuasse como um caranguejo. para poder saborear intensamente de novo o teu amor, para aproveitar calmamente o cheiro com que vinhas sempre a meu encontro. eu caminho com a esperança de te encontrar na próxima curva. eu sorrio pensando que estás a observar-me... é mais forte que eu. á algo viciante e talvez ilusório. é extintivo e intocavel. é invisivel e abstracto. é... eu não sei. há noites que sonho contigo, manhãs que acordas comigo, tardes que passamos juntos, ... estás sempre em mim. esse olhar acastanhado preenche-me mesmo que eu nunca o tenho sentido verdadeiramente em mim. e sabes o que hoje me faz ter vontade de te ter de novo? sabes qual é a minha ultima esperança? é o meu extinto, é a minha vontade própria de querer e não saber... isto é... eu sei-te de cor, (meu).