19.11.09

Ponto final.

Esta é a primeira vez que escrevo a odear-te, que penso em ti com um polvilhar de raiva e fragmentos de despedimentos. Foi tanto tempo á espera de quem nunca mais chegava, foram tantas noites quase inteiras a chamar por quem nunca mais me ouvia, foram tantos meses praticamente a pensar em quem nunca pensava em mim. E a escrever textos para quem nunca mais os lia. A cada vez que recuo no tempo e me lembro de tudo aquilo que fomos capazes de abdicar um com o outro sinto vontade de deixar tudo para trás e correr ao teu encontro, mas muitas vezes juntamente com a lembrança dos gloriosos momentos vem também a recordação das tuas palavras frias e tu silêncio escuro, pesado... E muitas vezes na incerteza do desconhecido eu procuro-te ainda... Sinto o teu toque intocavel e vejo o teu sorriso invisivel. Admito, claro, que me custa acreditar que tudo terminou nestes longos e vastos meses. Pois ficou tanto por dizer, mil aventuras nem foram vividas sequer! Nao me deste tempo para mostrar o amor que me prendeu tanto tempo a ti e talvez agora eu já nem tenha vontade de o fazer... Talvez já não te ame com o pudor que amava, talvez... Porém posso caracterizar as palavras de inóspitas para tanto folego de sentir! Os dias cinzentos de inverno tinham outra cor quando estava contigo, a chuva era quente a cada vez que nos beijavamos molhando-nos e o verão era bem mais calorento nas nossas tardes em que nos envolviamos num só. E a saudade aumenta, torna-se devastadora a cada vez que me lembro quando fazias de mim tua e me acariciavas. E pronto, não há uma noite que eu não chore por ti, não há um dia que eu seja capaz de te esquecer, não há! Tu levaste tanto de mim em ti... Mas tanto! Partiste e deixaste tanta saudade. E á conta desta tua partida e abandono eu ainda não lindo muito bem com muita coisa... Visto que arrancaste tudo de mim, é que já nem digo metade! Porque eu sinto que mudei tanto... Sinto-me culpada de tudo, vazia. Vivo como se visse os outros viver, a passar por mim e eu sempre no ponto de partida! Sempre no zero... Como se uma presença unica tivesse morrido por minha culpa... Mas já chega! Chega de lamentar pelos momentos, pelas idas a tua casa, pelos abraços e segredos, pelas maos dadas, pela união e cumplicidade, pelo sorriso, cabelo e olhar, CHEGAAA! O mundo não parou por eu parar e apesar de uma vida ter acabado só significa que outra tem que ser iniciada. E que o passar dos dias consiste nisto mesmo, em construir e destruir, em ganhar e perder, em dar e tirar... E sempre que a tua ausência tristérrima vier ter comigo eu vou mostrar aquilo que valho! PONTO FINAL.

3 comentários:

  1. Oh, obrigada minha querida *.*

    Este texto deixou-me :O
    Está lindo lindo! Como te percebo, meu deus! Senti cada palavra, cada virgula. Vivo tudo isso práticamente todos os dias, é horrivel :$

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  2. Foram vividas todas as palavras, todas elas sentidas. E a culpa não a entregues a ti, o amor é algo reciproco . beijinhos*

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ohh muito obrigada dsd já por me visitars, mas um especial agradecimento por deixares a tua opiniao :) beijinho