estou sem forças para dar corda ás palavras. e elas hoje estão tão brutas... de uma maneira tão brejeira que me desgastam o coração. e parece que corro atrás delas como se fossem um sonho que ainda hoje, desde pequena, continuo a sonhar. fazem-me lembrar pequenos brinquedos que em criança eu desejava ter e os pedia, quase por favor, ao pai natal. e o meu coração não se abre, a minha mente calou-se, a minha voz calou-se e as minhas mãos anseiam tocar-te muito mais do que escrever para ti. sabes que hoje, pouco tempo depois de ter descoberto que te amo, já não me imagino sem ti. dá-me arrepios, aperta-se o coração só de fazer lembrar, em esquema de viragem, o que serei eu sem ti. e eu sei, tu sabes... que conhecer-te foi fácil, ajudar-te em tudo, dar-te apoio, ter noites ao relento para te poder escrever mensagens e ligar-te com a certeza que te aquecia a alma... dificil é amar-te e não o poder gritar ao mundo em jeito de canção. dificil é querer ter-te e só poder amar-te, apenas. e sei que amar-te é do melhor que pude sentir até hoje. e explicar-te a forma de como te amo sabe-me a pouco. ando á descoberta e á sede de palavras que não fujam é estreiteza dos conceitos.
mas e mesmo que os meus dias sejam apenas, só e já lutas para ter um sorriso teu, uma palavra, um abraço, um toque, um olhar do mais puro que existe... também te digo, mesmo com a firmeza de que nunca te terei da forma que quero, nunca te vou conseguir deixar. e mesmo que, sem mim, encontres paradeiro, seja onde for. mostra-me um sorriso. aqui, ali, hoje, amanhã ou depois. sorri só.

e outra coisa... tens algo que me pertence. o meu coração.