eu achei que sim. achei que conseguiria superar tudo isto, passar à frente, largar o passado que me prendeu a uma forca durante três anos. achei que o tempo me levava aquilo que a cabeça ia trazendo e que novas pessoas poderiam ocupar o lugar daquele que seria, desde sempre, quem eu mais quis. no fundo e durante muito tempo, eu continuava a achar que era uma questão de tempo e que toda esta sensação de desânimo passava, porque tal como as horas passam, as estações do ano mudam e a vida corre, tudo tem o mesmo sentido. mas esqueci-me que outrora, há coisas que nunca se mexem e que ficam imóveis ao tempo, à vida, aos sentimentos, a tudo aquilo que faz de mim como pessoa. contudo, nunca deixei de acreditar. até porque acreditar em algo que muitas vezes nem é verdade ia-me fazendo bem; e a cada vez que eu negava a mim mesma que aquilo não era vida para mim, eu era capaz de acreditar que tudo podia melhorar, mesmo que aquele não fosse o dia... amanhã era um novo dia! todavia, não consegui ser forte o tempo todo. não deu para fugir àquilo que no fundo deixava as semanas sem sentido. que se danem as promessas e as frases bonitas que na teoria são reais e na prática ficção. não quis saber. e no entanto, não deu errado. já tinha saudades, ou melhor... mais que saudades. soube bem demais. e para quem estiver contra: um grande sorriso!

(e agora um à parte: obrigada pela noite linda. obrigada pelos sonhos, pelas promessas, pelas convicções, pela surpresa, pela conversa, pelas palavras... a partir de agora, só nós*)