bom fim-de-semana

e é mesmo verdade. o tempo passa e as coisas mudam, as pessoas também se vão, os lugares mudam se sítios, as frases perdem sentido, as palavras vão morrendo enquanto muitas vozes se calam... sabes, ontem a lua estava tão grande e eu sou tão pequena. o mundo é tão imenso, a terra é toda ela tão grande... mas enfim, mesmo nós sabendo que a lei da vida é essa mesma; que a força do tempo é das armas mais poderosas que existem, que a saudade é uma sensação tão vazia, que o amor é tão raro, que tudo, um dia, chateia por ser tão repetitivo... eu sinto que já não é igual sentir-te, porque eu já não te sinto. é por isso que o valor das coisas também se perdeu enquanto me vias passar por ti... pena que só te tenhas lembrado quando o dia estava a acabar e eu a partir de viagem. e escrevo-te isto em jeito de despedida porque já nada me faz ficar e já nada perco se for. por isso, eu vou.. vou ter noção que há outras vidas para além da tua, que há outros mundo para além daquele que foi nosso. porém, só quero que saibas que de entre muitas recordações que a vida me escreveu de ti, eu guardei a pior de todas, aquela que tu criaste quando partiste. porque a vida é mesmo assim, apaga memórias que a gente cultivou. mas eu vou-me, na mesma. mesmo sabendo que tu sentes aquilo que eu te digo aqui... apenas te digo, o sentimento ficou aqui; já não caminho de braço dado com ele, o valor de tudo ficou perdido enquanto eu entendi que há outra vida para além do equador. é que sabes, ensinaram-me que eu não devia perder tempo a semear algo que nem serve para ser colhido. não é que me magoe, tudo o que me devia magoar já magoou; já me fez duvidar de mim mesma; já me fez chorar noites e noites; (...) eu curei a ferida e recuperei. eu superei o que nunca, em momento algum, pensei conseguir. a verdade é que o tempo é o meu braço direito. e bastou-me acreditar que sim. e só vos digo uma coisa, nunca pensei tomar uma decisão tão acertada. e agradeço sinceramente à maior princesa que já conheci, pelos grandes momentos e pela personalidade, que é, sem dúvida, algo que eu pensei já não existir alguém... alguém assim!