7.5.12

se é que me entende III

eu podia continuar no mesmo barco; até porque de todas as viagens que fiz, as melhores foram contigo. e tu sabes que, de todos os capítulos que o meu livro tem, os meus preferidos continuam a ser os teus. aliás, tu sempre soubeste que eu te escolhia a ti por entre uma multidão; tu sabias que por muitas opções que eu pudesse ter, tu serias sempre, mas sempre, a minha prioridade; e eu sinto que tu sabias isso tão de cor que chegavas a dizê-lo, em silêncio, pela noite fora, quando te restavam dúvidas do que quer que fosse... e eu estive do teu lado tantas vezes. quantas palavras de apoio é que eu ouvi de ti? e quantas ouviste tu de mim? quantas vezes eu pus o meu coração em cima da mesa enquanto te tentava dar a entender que entre ti e a felicidade, bastava um passo... quantos dias eu perdi a amar-te, da maneira que amei; quantas horas eu estive a correr atrás de uma impossibilidade; quantos sorrisos eu esbocei quando te tinha por perto; quantos "amo-te" é que eu engoli mesmo sabendo que não eram verdadeiros; quantas lágrimas eu senti quando te via partir; quantas vezes eu te vi de costas para mim; (...) quantas vezes eu te disse que o sentia um dia poderia desaparecer, como tantas outras coisas, a vida leva? quantos dias é que eu passei sem uma palavra tua? quantas vezes eu me questionei de onde iria afogar todas as saudades que tinha? quantas noites eu não dormi tanto só para ter mais uma palavra tua? e... do que é que isso me valeu? (...) do que me valeu amar-te mais do que a mim? do que me valeu dar um todo por quem nunca deu nada? e tu sabes o que é amar alguém que não ama? tu sabes o que é ficar à deriva no mar, sem ponta de luz, sem um mapa a indicar o caminho? sabes o que é sentir as mãos a tremer? sabes o que é sufocar de saudades a meio de uma noite escura que ninguém sabe iluminar? não, não sabes. mas também sabes qual foi o tempo verbal que usei para escrever este texto? também eu não sabia, até que depois de o escrever, o li. e até que me apercebi que quando choro por isto, faz sentido quando me dizem "não percas tempo". é que eu tenho uma outra vida, a qual deixei enquanto jogava este jogo contigo. mas hoje... eu queimei as cartas! joga agora, joga tu... recua anos no tempo, vive agora tu, por um segundo que seja. senta-te na minha cadeira e pensa... razão não é só atitude. lá está!

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ohh muito obrigada dsd já por me visitars, mas um especial agradecimento por deixares a tua opiniao :) beijinho