27.6.12

muralha

muitas vezes eu cheguei a pensar que a culpa fosse minha, muito sinceramente... eu sempre pensei que tudo aquilo que eu estava a viver devia-se ao feitio infernal que eu tenho, da maneira que eu sou, da forma como eu sinto as coisas tão intensamente. tenho pena, é verdade. às vezes arrependo-me de ter criado esta muralha à minha volta, mas a verdade é que eu sou daquele tipo de gente que quando fica magoada, fica mesmo e nunca mais volta a acreditar no que quer que seja... e foi isso que me aconteceu. já há muito tempo que eu me privo de sentir o que quer que seja por alguém que tenta entrar no meu pequeno mundo. eu senti, sempre que não precisava de mais ninguém do que aqueles que eu tinha comigo, desde sempre. é que uma vez, eu acreditei tanto, fiz tanto, dei tanto,... e a muralha caiu. os sonhos ficaram aquém, as promessas perdidas, os sentimentos morreram,... e eu traumatizei. eu fiquei muito tempo a pensar no porquê das pessoas mudarem tanto em tão pouco tempo; o porquê do destino ser tão bruto; o porquê desta ilusão que me fez crer em algo que nunca existiu, que me fez perdoar coisas que eu nunca pensei que passassem por cima de mim. e desde aí, então... eu tenho vindo a escrever uma história de vida diferente. eu ando a acreditar mais em mim, a cada dia que passa... pena que eu não consiga ver a alma das pessoas; pena que palavras todos nós proferimos; pena que os sentimentos sejam cada vez menos sinceros... pena que as pessoas sejam cada vez mais iguais e não saibam o verdadeiro valor de um voto de confiança! mas eu vou continuar a confiar em mim, vou continuar nesta luta comigo mesma para ser capaz... para deixar que o tempo apague o passado que me trouxe até aqui; o passado que tornou as noites longas; o passado que se perdeu... o passado que se foi e se cansou desta vida que eu também cansei.

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ohh muito obrigada dsd já por me visitars, mas um especial agradecimento por deixares a tua opiniao :) beijinho