28.2.13

hoje, que não estás aqui e que não me ouves, eu só te quero dizer uma coisa. sabes que sou muito sensível, porque me conheces melhor que ninguém e vês nos meus olhos aquilo que eu vou sendo diariamente; sabes que em mim cabem todas as sensações do mundo e mais algumas, sabes que eu sou eu, em qualquer momento, porque nunca consegui despir-me desta fragilidade com que sempre marco posição. sabes que me prendo demasiado às coisas da vida, aquelas que não são coisas, como eu lhe chamo... e sabes que hoje é oportuno fazê-lo, porque a partir do momento que ficámos só as duas a mesa de jantar tem sido alvo de conversas intermináveis sobre a peça do nosso puzzle que nos falta... e sabes o quão bem me fazem essas conversas; tu sabes o quão importante é pra mim a tua presença, desde sempre. aliás, nunca, em altura alguma da minha vida, me imagino sem ti! sabes bem, de tudo isto, desde à muito tempo, porque tu és tu. acho que não são precisas grandes palavras pra descrever a mulher que a minha mãe é, a força que ela tem em dar-me força, em continuar a dar-me motivos, diariamente, pra que eu seja capaz de acreditar em mim, depois de tudo. a força que ela não tem, ela dá-ma, todos os dias, sem que eu lhe peça. e hoje, quando me perguntaram, o que é que eu continuava a fazer por aqui, eu pensei de imediato nela. teve que ser, impossível ser de outra maneira. e ela sabe que apesar do meu sonho ser ir pra Lisboa, ainda este ano, pra Setembro, ela sabe que metade de mim quer ficar cá; quer manter vivas as conversas que temos à noite no sofá; quer dar continuidade àquilo que somos quando estamos juntas. e desde o fim de Janeiro que nós estamos num processo de reconstrução, porque perder um tijolo numa construção é perder um grande alicerce e nós perdemo-lo. e sinceramente, acho que somos a prova que a força existe, mesmo depois de tudo. está bem, muita gente passa pelo mesmo, e o tempo cura tudo, ok. é uma questão de hábito. mas nem todos nos habituamos... a gente não confessa, mas à noite, no escurinho do silêncio a saudade vem e bate-nos à porta... temo-nos uma à outra, é certo, mas falta um sorriso pra esta trilogia se completar, falta um pouco mais de amor para nos sentirmos unidas... é que afinal, alguma coisa sempre faz falta. mas há-de ser nada, nada que não sejamos capazes de vencer, nada que outrora não seja apenas lembrança. mas hoje, quero-te deixar um beijinho grande e dizer-te que nesta luta incessante tens sido o meu pilar, contra tudo e contra todos a tua presença é-me fundamental e quero-te guardar pra sempre junto de mim, aqui no peito; quero, sempre que puder, fazer-te sorrir e sentir bem pra que eu me possa sentir bem, também. quero deixar bem claro que amanhã espero ter a tua garra quando for uma mulher como tu. quero ter a tua veia heróica e dar-te mais motivos pra te orgulhares de mim. és linda, sabes bem! mãe.

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ohh muito obrigada dsd já por me visitars, mas um especial agradecimento por deixares a tua opiniao :) beijinho