13.4.13

eu tenho de ficar contigo, mesmo que o tempo voe, mesmo que as coisas mudem e as nossas vidas sofram grandes transformações... o meu lugar é perto de ti, junto a ti, contigo aqui. sabes, dói usar esta máscara que faz de mim mais forte, dói ser aquilo que eu não sou e magoa saber que ao fim de quatro meses de 2013 a gente ficou só, somente nós. a casa entretanto cresceu e eu vou sempre lamentar a partida daqueles que eu mais gosto, daqueles com quem eu cresci, daqueles que fizeram de mim aquilo que eu sou. e em cada passo eu lembro-me de vocês, que foram, sem destino certo, porque a vida assim o quis... às vezes, no silêncio da noite, eu tiro a máscara e caio em mim. inacreditável como as coisas sempre mudam, e nós não as perdemos, elas é que se perdem no tempo. quando dei por mim estávamos sós, mas ao mesmo tempo unidas pelo que nos separou; a vida sempre nos surpreende, sempre nos faz parar perto de uma árvore qualquer pra pensar de como seriam as coisas se simplesmente nada mudasse. e são estas constantes transformações que me fazem nunca saber o que quero; que me tiram as certezas que outrora tive quando escrevi cartas nesta minha casa. tenho saudades de quando eles estavam aqui, saudades de sermos quatro e tenho pena que a vida nos tenha dividido assim. e eu sinto que em cada passo que dás, tu queres recuar e voltar àquilo que éramos no ano passado, e sabes, eu também gostava. gostava que o tempo recuasse e me trouxesse de volta quem me levou. a final de contas, eu perdi quem mais gostava, aprendi a viver, à pressa, sem dois pilares e aprendi também a ser um pilar para a minha mãe. não foi fácil, mas foi tudo rápido demais. não vou dizer que não choro quando sinto que o nosso cantinho está enorme, quando sei que ela se sente sozinha e precisa de mim mais do que nunca. e custa-me não ter mãos grandes para a segurar, porque às vezes a saudade é devastadora e não somos melhor que ninguém pra não cair, nem sentar, nem não aguentar. há dias que este vazio não se preenche e fazem falta esses sorrisos, esses abraços, essas conversas... o silêncio é terrível quando a saudade abre a boca.

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ohh muito obrigada dsd já por me visitars, mas um especial agradecimento por deixares a tua opiniao :) beijinho