21.12.09

talvez.

um dia eu vou dizer-te ao ouvido o quanto eu gostei de ti, quantas noites chorei pensando em nós, o tempo que me levou a esquecer-te, a mudança que me obrigaste a superar e vou gritar-te o quanto isso foi em vão, de quanto me valeu? de nada, eu sei e tu sabes. mas um dia eu vou confessar-te, quantos dias depois das aulas não tive vontade de ir para casa por causa de suportar a solidão e me sentei no nosso muro a chorar com o meu melhor amigo. vou fazer-te ouvir o quão dificil foi (e é) ultrapassar tal ausência. e nesse dia irei ter coragem para te fazer ouvir o gélido silêncio que ouvi até hoje (e ainda ouço). irás implorar por palavras minhas, mas engolirás nada mais nada menos que um terrível e abafador silêncio que te fará chorar quantas noites já chorei. irei dar-te aquele lenço repleto de sangue e de lágrimas de infinitas noites molhadas e escuras.
desde o dia em que me deixaste eu sofri tantas mudanças radicais. eu comecei a ter medo da noite, porque aí eu sufocava de saudades tuas. eu agarrava-me á almofada e implorava para que voltasses tu e os momentos, as palavras queridas e o conforto, as caricias e os abraços. eu agora tenho medo de amar, medo de me entregar, medo de vir a sofrer, tenho medo da vida. medo dos obstáculos, simplesmente porque não acordo todos os dias com uma mensagem tuas, daquelas que só mesmo tu sabias mandar.
as lágrimas estão a escorrer-me pelo rosto como já á meses não escorriam, sabes porquê? porque hoje ouvi uma gravação nossa numa chamada telefónica. naquelas noites em que dormias em casa dos teus avós e me ligavas. que te ouvia chorar e sufocar, que me dizias palavras que tocavam ao ponto de lacrimejar pelo simples motivo de as ouvir e de o sentimento bater forte. faz-me falta a tua constante preocupação, os nossos únicos segundos, as nossas idas para tua casa, as chamadas de vídeo, a troca de fotos, as promessas. faz-me falta tudo e eu dava um mundo para puder voltar a ser feliz como já fui, mas tenho medo. até medo de confessar que tenho saudades nossas. e muitas. eu vou lembrar-me de ti sempre, acredita. nem que seja com ódio e raiva. já são tantos meses sem ti e eu ainda te amo de uma forma tão incondicional. eu prometo ter força e agarrar a minha vida ao ponto de conquistar felicidade, mas dá-me uma palavra de conforto. mas depois de tantos meses de desprezo e pelo facto de me teres deixado de um dia para outro, devo eu dizer-te que me fazes falta depois de tanto tempo? e tu? terás saudades minhas? (anda silêncio, só mais uma vez...)

13 comentários:

  1. aiii, bloqueei :O
    ESTÁ LINDOOO! As minhas lágrimas não se conteram, percebo-te tão mas tão bem. e agora faço minhas as tuas palavras, muita muita força, a felicidade há-de voltar e nós estamos aqui prontas para a receber *-*

    beijinho <3

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  2. "eu agora tenho medo de amar, medo de me entregar, medo de vir a sofrer." diz tudo.

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  3. WooooooW. Que bonito. *.*
    Hoje estou tão sensivel que até chorei. xD
    È incrive ver como tanta gente está nesta precisa situação. Oja, que é queeu te hei-de dizer.. Força?

    Fica bem, beijinho. :)

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  4. um amor desses não pode ser guardado com raiva e ódio. Deve ser colocado num lugar do coração por ter sido tão maravilhoso. E não se pode ter medo de voltar a amar, pior que o medo de tentar é nunca se ter tentado ser feliz!

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  5. um amor destes não pode ser recordado com raiva e ódio. Deve ser colocado num lugar no coração por ter sido tão maravilhoso. E não se pode ter medo de voltar a amar, porque pior que medo de tentar é nunca se ter tentado ser feliz! *

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  6. nem tenho palavras, está tão forte. Força, não tenhas medo de amar, nem de te entregar outra vez.

    - beijinhos

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  7. as respostas estão dentro do nosso coração só não as conseguimos ver. Talvez quando os nossos corações estiverem prontos para seguir em frente as respostas venham. *

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  8. "eu vou lembrar-me de ti sempre, acredita. nem que seja com ódio e raiva."
    adorei. disseste tudo, nesta simples frase.
    [Desculpa a invasão :x :b]
    Vou seguir.
    beijinhos *

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  9. Claro há sempre um dia que se segue em frente e se conquista um novo amor! bem melhor *

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  10. «desde o dia em que me deixaste eu sofri tantas mudanças radicais. eu comecei a ter medo da noite, porque aí eu sufocava de saudades tuas. eu agarrava-me á almofada e implorava para que voltasses tu e os momentos, as palavras queridas e o conforto, as caricias e os abraços. eu agora tenho medo de amar, medo de me entregar, medo de vir a sofrer, tenho medo da vida. medo dos obstáculos, simplesmente porque não acordo todos os dias com uma mensagem tuas, daquelas que só mesmo tu sabias mandar.»

    de facto uma única pessoa pode mudar tanto , mas tanto na nossa vida , que a sua ausência dói , tempos sem fim , como se nunca fôssemos deixar de depender dela . mas quer queiramos quer não , a vida continua .
    adorei a imagem que tens aqui no blog , e vou passar a visitar (;

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  11. identifico-me tanto com este texto, mas tanto.
    senti cada palavra!

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ohh muito obrigada dsd já por me visitars, mas um especial agradecimento por deixares a tua opiniao :) beijinho