eu fiz de ti um bicho de sete cabeças. moldei-te à imagem das tuas acções. ou seja, desenhei no meu pensamento uma nova pessoa com as tuas origens. dei-te novos adjectivos e uma nova personalidade. nada de bom. nada de elogios. acredita que se existisse uma pessoa dessas seria das piores do mundo. mas desculpa, tive necessidade de abrir os olhos, crescer, ver o que era óbvio a todas as outras pessoas e a mim, continuava invisível. a minha vida recuava a cada vez que voltavas e eu abdicava de novo muitas coisas por ti, novamente colocava-te no primeiro lugar de muitas das minhas vidas que levo. e não dava. há quem diga que é difícil deixar aquilo que amamos, mas não. o difícil é ir contra a nossa vontade. e tu não esqueces ninguém assim, de um dia para o outro,... mas há dias que ajudam. talvez uns dias estejas decidido e amanhã já não quereres. calma, o teu coração vai dizer-te quando o deves fazer...
mas voltando,... eu fiz de ti a pior pessoa do mundo para mim. sabes porquê? assim mesmo que faças coisas que eu seria incapaz de fazer e assim que tentes iludir-me, digo-te... já não me desiludes porque de ti fico a esperar tudo. e enquanto isso, estou a apagar pouco a pouco os sorrisos que ainda tinha vivos no livro da nossa história. e a melhor borracha que arranjei para apagar as boas memórias que ainda tinha tuas, a vida que era nossa e os sonhos que contigo dei forma e razão, foi o tempo. e tem sido o meu melhor amigo, o tempo.

até logo