o tempo levou os amores, as paixões, as ilusões e talvez os sorrisos. o vento trouxe de novo o arrependimento, a mágoa de um passado mal passado e a saudade desmedida de algo inútil. talvez tenha trazido o vazio de quando sentimos falta de nós mesmo, daquilo que outrora fomos capazes de ser, capazes de atingir e viver. não tenho medo, já tive. não me dói, já doeu.
de amizades, o coração nunca sentiu tanta solidão. de vozes andam as bocas cheias, de palavras fáceis de dizer deitam eles fora. de acções cheira-me a pouco. seja pelo que for, sou eu mesma quem tem de viver isto. vou vivê-lo então. de um tudo passará a um nada. as feridas podem reabrir-se, mas voltarão a fechar-se.

até logo