não me peças para te dizer o quanto gosto de ti todos os dias. não me digas palavras perfeitas em momentos bonitos, nem exijas de mim mais do que aquilo que eu sou e vou sendo capaz de ser. não me mostres o quão é bom sentir que tens sonhos realizados para mim. não me dês aquilo que um dia eu vou ter que ir buscar por mim. faz-me sorrir, mas mostra-me que também tenho que sofrer. porque toda a gente, um dia vai ter que ver o mundo por si próprio. todo o mundo vai ter que abrir os olhos e observar em seu redor. não vão ver, nem olhar, vão observar... de mansinho, rodopiar os olhos e aperceber-se de que de rosas anda o mundo com falta. e diz-me que um dia eu vou chorar, vou querer ter algo que me vai ser impossível. revela o teu passado e desembrulha o que te manteve presa aqui, tanto tempo. fala-me dos teus medos que um dia virão a ser meus. eu prometo acreditar em ti, sempre! e não me arranques as palavras da boca, fala-me com o coração. dá-me um abraço por curto que seja, dá-me. deixa-me sentir-te perto e entende que as minhas palavras pesam e o meu silêncio é doloroso demais para mim. não me deixes, não fujas... eu estou aqui, contigo! e acordar tendo a certeza de que és tu o meu braço direito, o meu pilar mais forte, o meu alicerce mais firme e a minha base mais segura é deveras a melhor dádiva que o meu coração pode ter! amo-te mãe.