eu sei que nunca ninguém venceu sem tentar, sem acreditar que talvez podia dar certo; sei que nenhum guerreiro conseguiu ganhar a guerra sem levantar a arma; sei que nada na vida nos cai do céu e que finais felizes só existem na ficção. mas também nunca soube o que era ficar quieta, a ver a vida passar-me por entre os dedos enquanto escrevia episódios de momentos bem passados. mas esqueci que um dia foi a luta que me levou a sentir-me bem. talvez porque me cansei de olhar para ti e ver que talvez sim, talvez haja algo que no meio de tanta saudade possa ser bonito de se viver. mas infelizmente eu não sei amar pela metade, sem exagero; não me sei conformar com o quase, não sei sonhar meio sonho... se amo, amo inteiro, entrego-me, sinto mais do que deveria; se amo, amo e protejo, amo e esqueço-me da existência de limites. não sei cuidar só às vezes, não sei preocupar-me só com o que devo, não sei não me importar com cada detalhe secreto teu; se amo, amo intenso, amo ao extremo, amo ao quadrado multiplicado por um milhão; não sei amar por partes, com condições; sou assim, vivo com o coração nas mãos, sou inquieta e não calculo consequências; sou boa ouvinte e sei aquilo que tu nem sabes que eu ouço. vou-te observar, mimar e cuidar de ti. porque eu quando amo, sou eu, totalmente eu... porque se amo, amo e pertenço, amo e sofro com tua dor; se amo, espero, guardo, morro e continuo viva. e por isso, não volto. mas fico à espera que sintas que preciso que venhas, só mais uma vez.

com todo o meu coração.