14.6.12

que saudade

sabes, em todas as vezes que eu te disse para te esqueceres de mim eu nunca tive intenção que tu atendesses ao que eu te estava a dizer... porque em cada palavra em plantava em mim uma réstia de esperança que me fazia acreditar que aquilo que não estava a fazer sentido e que tu ao ouvir-me, irias sentir necessidade de recuar no tempo. mas na verdade tu fizeste-o e eu tenho noção que muitas vezes aquilo que eu dizia era fruto de um ódio interior, de uma raiva por mim própria, por saber que estava a alimentar algo que só me consumia a mim e ajudava na minha decadência; e sei que por muita razão que eu tivesse em deixar-te, eu arranjei sempre, em qualquer momento, um único motivo que servisse de justificação para ficar contigo, porque afinal sempre foi o que eu quis verdadeiramente. e agora vejo que muita coisa mudou. e tu mudaste com tudo e eu, também. a força dos dias é realmente um furacão; o tempo tem muito poder e o que tem de ser, é-o com força. mas eu sinto que ficou tanto por dizer, que por entre noites escuras ambos nos lembramos de como era escrever uma história das nossas vidas; ainda nos lembramos das conversas e das desconversas; daquilo que foi de nós quando nos perdíamos; quando sonhávamos, amávamos, criávamos e éramos felizes. mas eu ainda me lembro de ti... lembro sim, sentado à minha beira, encostado a essa parede que sabe tanto de ti e de mim, de nós. com esse cigarro que dava calor aos nossos momentos, e essa voz que nunca mudou, e esse cabelo que nunca pára de crescer... e esse tu, que o que tem mais feito é mudar; que morreu a partir do momento que parou de sonhar connosco... esse tu que eu perdi enquanto julgava ter para sempre. esse tu que fez de mim este eu.

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ohh muito obrigada dsd já por me visitars, mas um especial agradecimento por deixares a tua opiniao :) beijinho